Anjo Das Palavras

Apenas as recordações... Momentos que não voltam outra vez.

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Local: Recife, Pernambuco, Brazil

terça-feira, junho 27, 2006

Doce Melancolia

De nós. De nós restam apenas traços
Nossos ideais se foram com a chuva
Nosso amor voou como uma pluma.
Dos nossos beijos, restam apenas cacos

A brisa do mar me faz lembrar teu cheiro,
O barulho das águas recorda teus murmúrios,
O calor do mar se assemelha a teus abraços.
E o fulgor das águas são os nossos beijos,
que agora restam no fundo dos nossos orgulhos.

Sobre ti tenho tantas impressões, repressões, sensações...
Que se afogam entre as lágrimas da saudade,
Entre o silêncio de tua presença.
No fundo do teu olhar perdido, de tuas palavras não ditas
encontro o eterno e o terno das doces lembranças dos momentos sem fim.

23/08/2005

terça-feira, junho 20, 2006

Quando Não Se Ama Mais

Quando não se ama mais,
Não se vê mais o claro da lua,
Não há mais beleza em andar pela rua,
E nem se percebe mais o que uma flor insinua.

Quando não se ama mais,
É preciso com a vida pagar,
O pedaço de alegria que vai se sacrificar:
A beleza de viver e amar.

Quando não se ama mais,
Finge-se acreditar no impossível,
Somente para não aceitar,
Que no amor tudo é possível.

No entanto, quando se ama mais,
Não vai existir o jamais.
Pois sempre se vai querer é mais,
Porque amar nunca será demais.

18/02/2006

quinta-feira, junho 15, 2006

Madrugada

Sons da madrugada
Pingos de chuva
Gotas de amor
Que secam ao vento

Teu sorriso avarandado
Ilumina a madrugada
Feita de amor e carinho
Qual um cálido ninho

Estamos nós juntos
Unidos pelo frio
Acalentados pelos olhares
Quentes de paixão

Leito perfumado
Pelo cheiro do amor
Teu perfume
Qual sândalo

Invadiu meu coração
Qual verão quente
Como fogo ardente
Num beijo de paixão.

Banhos de Chuva

A minha Anja me chama
Para banhos de chuva
E em meio às suas chamas
Nas alturas ficamos

Chamas que incendeiam
Corações que querem amor
Pois andam cansados
De sofrer, de sentirem dor

E nesses banhos de chuva
Onde suas chamas incendeiam
Sentimos nossos corpos vibrarem
Pelo prazer de ali estar

Para receber o calor desses banhos
Que a vida nos revela todas as noites
Igual como nos dias de antanho
Quando irmãos éramos em banhos

Irmãos que ainda somos
Pois preservamos dentro de nós
Essa essência divina que nos une
Que nos faz acreditar e a querer

São nossas lembranças que nos chamam
Para contemplar as estrelas
Para falar dos que nos amam
E reviver a história que nos mandam

A reviver nossas próprias histórias
Que se mantem vivas dentro de nós
Que nos fazem as vezes viajar, outras delirar
E nos banhos de chuva voltamos a nossa realidade

Através de um céu estrelado
Mensagens em códigos
Sentimentos em fogo
Em eternos banhos de chuva.

Banhos que nos lavam o corpo
Banhos que nos lavam a alma
Que nos tira do abandono
Desse eterno sonho da alma.

Vanuncio Pimentel e Lady Phoenix

quarta-feira, junho 14, 2006

Raciocínios

Se o amor fosse como a matemática
Eu somaria nossas alegrias
Subtraia nossas amarguras
E multiplicaria nossos beijos.

Mas o amor é mais que matemática
Está para além da aritmética
Nem tampouco se parece com a gramática
Porque é uma coisa bem mais dramática

Nem cálculos, nem raciocínios
Dado que os amores não são retilíneos
Ao contrário, são bem tortuosos
Por vezes são bem misteriosos

Não se sabe onde começam, nem onde terminam
Apenas se sabe que os corações eles fulminam.
Mas é num erro de cálculo, num raciocínio equivocado,
Que fazemos nosso coração amar um bocado!

terça-feira, junho 13, 2006

Teus Retratos

Quando vejo teus retratos
Lembro de todo o nosso passado,
Dos momentos reservados
E do amor que a mim foi revelado

Por ti tanto sofri
Que quando eu te vi
Eu nem sei o que senti
Tantas sensações eu revivi

Olhar novamente tuas feições
Reparar bem em teus olhos
Ah... Teus olhos mimados
E teu sorriso avarandado.

Varrido por fortes ventos
Atônito por tanta emoção
Agora chora forte meu coração
Fazendo do amor uma canção.

segunda-feira, junho 12, 2006

Versos Inacabos

Busco teu amor por entre as linhas de minha mão
Na esperança de encontrar sinais e traços
A fim de confortar o meu triste coração
Que ultimamente vive em meio aos cacos.

As dúvidas e os medos em mim ainda estão
A incerteza que ainda teima em resistir
E o futuro incerto que queima meu coração.
Mas a espera e a esperança ainda vão existir.

Pois amor pode viajar pelos tempos
Em estórias dentro de histórias,
Em versos crus e inacabados
Sendo reflexo de tudo que é passado

Trago comigo os versos inacabados
Feitos à sombra daquele amor
Que agora jaz em pedaços

sexta-feira, junho 02, 2006

Mutamento

No momento em que some o pudor
O poeta torna-se realmente o escritor
Dos sentimentos alheios, da canção não tocada,
Da palavra não dita e da beleza intocada.

Sentimentos que penso sentir
Amores que não se deixam partir
Pois ainda restam detalhes minúsculos
Em meio a lembranças e desejos bruscos.

No exato momento em que a verdade morre
O amor torna-se algo vazio; ele realmente escorre,
Para o poço sem fim dos amores perdidos.
No passado remoto, ainda não esquecido.

Porém tuas incertezas me libertarão
Desta cruel e vil servidão.
E um doce sonho de liberdade provocarão,
Neste meu fiel e mutante coração